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Duplicação da BR 277 ainda é um problema sem solução em Guarapuava

Falta de segurança é a maior preocupação da comunidade do bairro Industrial, que organizou um abaixo assinado cobrando a realização das obras

Foto: Roberto Lobo

O trecho urbano da BR 277 em Guarapuava, próximo ao Santuário Divina e Trina Ternura, no bairro Industrial, é conhecido pelo grande número de acidentes que ocorrem no local.

O grande fluxo de veículos é acomodado em uma pista simples, que divide ao meio a cidade de Guarapuava. Ou seja, quem reside na região norte do município, deve, obrigatoriamente, cruzar a rodovia para ter acesso a parte central da cidade. “Eu moro no Industrial e utilizo a passagem todos os dias, quatro vezes ao dia. É complicado, muito perigoso, principalmente a entrada para o santuário, porque são carretas em alta velocidade, que não respeitam a sinalização”, comenta o barbeiro Diego Ramos.

Frente aos acidentes recorrentes, a comunidade resolveu se unir e realizar um abaixo assinado, cobrando diretamente do Governo uma resolução para o problema. “Essa mobilização começou já há algum tempo, porque, em primeiro lugar, nós como guarapuavanos utilizamos muito essa rodovia. Em segundo, devido aos grandes acidentes que ocorrem aqui no local”, explica o empresário Glauberson Rocha, um dos responsáveis pela mobilização.

O documento reuniu mais de 1.500 assinaturas e foi entregue diretamente ao governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior (PSD). “Nós precisamos ter mais segurança e qualidade de vida, por isso, durante a visita do governador à Guarapuava, eu entreguei o abaixo assinado em mãos, tanto para ele, quanto para o deputado estadual Artagão Júnior (PSB), que representa nossa cidade na Assembleia [Legislativa do Paraná]”, destaca o empresário.

A esperança é de que as devidas providências sejam tomadas e que acidentes, como o que vitimou pai e filha no mês de maio, não voltem a ocorrer. “Devido a comoção com mais essa grande tragédia, a gente [comunidade] por obrigação tinha que tomar alguma providência pública em relação a isso. Nós fizemos uma movimentação na rodovia uma semana depois do acontecido, e encabeçou o abaixo assinado, e essas ações tiveram um apoio muito bom da população”, pontua Glauberson.

Em nota, a concessionária Caminhos do Paraná informou que “o trecho ainda não duplicado entre Guarapuava e Relógio possui pedido de licenciamento ambiental junto ao IAP/Comitê Gestor da APA e de desapropriações / aprovação técnica, econômico-financeira junto ao DER; além de depender também da aprovação do cronograma de obras pelas autoridades competentes, visto a existência de processos (administrativo e judiciais) que impactam diretamente no Contrato de Concessão”.

A Ecocataratas, em nota enviada ao iPolítica afirma que ” foi aprovado pelo Poder Concedente (DER/PR) a execução de 2,1 quilômetros, com trabalho concluído e entregue em 2018″. A concessionária ressalta que “novas intervenções não fazem parte do escopo de obras da Concessionária e qualquer obra não prevista no contrato de concessão deverá ser primeiramente avaliada e aprovada pelo Poder Concedente (DER/PR)”.

*A prefeitura municipal de Guarapuava foram procuradas, porém, não retornou a redação até a publicação dessa matéria.

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