02/06/2020 – 14:54:01
Redação
Os pedidos de subsídio vêm sido protocolados pela Pérola do Oeste junto ao Executivo Municipal desde o final de março e, até o momento, não foram atendidos. Segundo nota da empresa, “a operação já estava acontecendo em desequilíbrio econômico, sem reajuste da tarifa”.
A situação foi agravada pela epidemia do coronavírus, ocasionando, segundo a empresa, “uma queda média de 85% no número de passageiros transportados no mês de abril”. A Pérola também explicou, em nota, que afirmando que já acumula “compromissos de valores a serem pagos que superam o valor de R$ 1,6 milhões”.
O assunto, que repercutiu nos meios de comunicação nas últimas semanas, foi citado pelo vereador Guto Klosowski (DEM) na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta segunda-feira (01).
“Considero esse tema de extrema relevância e, nosso papel enquanto legisladores, é trazer esse assunto para o debate dentro dessa Casa de Leis considerando sempre alternativas que preservem a qualidade do serviço para o cidadão. Mas que essa qualidade não onere no bolso dos usuários do sistema”, explicou o vereador.
Guto também demonstrou preocupação com a possibilidade de que recursos públicos subsidiem uma empresa privada que detém o monopólio do transporte coletivo em Guarapuava.
“Se esse debate sobre subsidiar ou não o transporte coletivo estivesse em torno da redução da tarifa, até justificaria, porém está em torno apenas do desequilíbrio econômico da empresa, [que] alega que o faturamento atual não cobre nem as despesas com combustível. Mas eu pergunto: o que o poder público tem feito, por exemplo, para os motoristas de aplicativos, de transporte escolar privado, pelos taxistas, enfim, qualquer outro profissional liberal, ou pequenas empresas, como é o exemplo de donos de espaços de entretenimento que encontram-se na mesma situação de baixo faturamento?”, questionou o vereador.
O legislador reiterou que vem cobrando um diálogo entre os órgãos competentes para que qualquer auxílio concedido à empresa não onere no bolso do contribuinte.
“Enviamos alguns requerimentos, e destaco, entre eles, o que enviei no final de 2019, para o prefeito, convidando-o para discutir planilha detalhada sobre qualquer correção no valor de transporte, custeio, inclusive subsídio. Mas que esse subsídio reflita na diminuição do preço da passagem. E infelizmente eu ainda não tive resposta desse meu requerimento”, lamentou Guto.