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Oportunista? Bruna Spitzner assume autoria pela retirada de pauta do “PL do Calote”

Projeto de Lei foi protocolado, e inserido na ordem do dia de duas sessões, quatro meses atrás. Após repercussão, vereadora acredita que é o momento de conversar com “sociedade e instituições afetadas” 

Foto: Divulgação/Dircom Câmara Municipal

05/12/2023 – 17:58:19

Redação

A vereadora Bruna Spitzner (PODE) foi até as redes sociais para assumir a autoria da retirada de pauta do Projeto de Lei 74/2023, conhecido como o “PL do Calote”, na Câmara Municipal. Porém, o projeto já havia ganhado destaque na mídia local muito antes de sua intervenção.

A polêmica teve início no último domingo (03), quando o SISPPMUG (Sindicato dos Servidores, Funcionários Públicos e Professores Municipais de Guarapuava) alertou sobre os impactos do PL 74/2023, especialmente para aqueles envolvidos em ações judiciais coletivas contra o município. Na segunda-feira (04), a redação do iPolítica deu visibilidade à proposta, detalhando seu conteúdo e despertando a desaprovação de parte da população.

Ainda ontem, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Guarapuava enviou um ofício à Câmara Municipal e à Prefeitura Municipal, solicitando a retirada de pauta do projeto. Em seguida, devida a problemas estruturais, a sessão foi cancelada e quando a ordem do dia para a sessão desta terça-feira (05) foi publicada, o PL do Calote não constava mais para votação.

Hoje, a vereadora Bruna Spitzner, então, utilizou suas redes sociais para anunciar a retirada do PL 74/2023 através de seu mandato, afirmando que o objetivo era permitir uma maior discussão com a sociedade e as instituições afetadas.

Contudo, é importante ressaltar que a vereadora, minimamente, já teria conhecimento do projeto antes mesmo de ele entrar na ordem do dia para votação desta segunda-feira, uma vez que o PL do Calote já havia sido agendado para discussão e entrado na ordem do dia das sessões dos dias 28 e 29 de agosto.

Por isso, surge a dúvida sobre a real motivação da vereadora em promover o diálogo somente após a revelação do teor controverso do projeto nos últimos dias. O timing da ação de convocar uma discussão entre os reais afetados pelo PL do Calote é conveniente neste momento, mas não era quatro meses atrás quando a proposta foi protocolada no Poder Legislativo?

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