Presidente estadual do PDT, André Menegotto (Foro: Divulgação)
Falta menos de um ano para as próximas eleições, que vão determinar novos prefeitos (as), vice-prefeitos (as) e vereadores (as) em todos os municípios do Brasil. Internamente, os partidos políticos articulam-se para traçar um planejamento e definir os possíveis nomes para concorrer ao próximo pleito.
O PDT – Partido Democrático Trabalhista é uma das siglas tradicionais no cenário político regional e estadual. Com o objetivo de saber mais sobre as articulações do partido, a reportagem do iPolítica conversou com o presidente estadual do PDT-PR, André Menegotto. O líder do partido no Paraná fala sobre reestruturação, próximas eleições e questões relacionadas a região de Guarapuava. Confira a entrevista.
Como está o planejamento do PDT-PR para as próximas eleições?
Estamos fazendo um levantamento, com nossos 12 coordenadores, em todo o Paraná e, até o momento, já elencamos 107 possíveis candidatos (as). É evidente que mudanças acontecem, vamos dialogando durante todo esse processo e damos liberdade para os coordenadores trabalharem dentro dos municípios. A ideia é que o PDT possa contar com candidaturas próprias ao Executivo e ao Legislativo nas 30 maiores cidades do Paraná, que representam aproximadamente 60% do eleitorado estadual. Essa ideia também faz parte do projeto nacional do PDT. Outra prioridade é a participação feminina, temos uma resolução interna para estimular cada vez mais as candidaturas de mulheres, tanto para as Câmaras, quanto para as Prefeituras.
Os vereadores de Guarapuava, Luiz Augusto Klosowski (Guto) e Sérgio Niemes (Professor Serjão), tiveram diálogos recentes com lideranças do PDT-PR? O partido deve integrar os parlamentares?
Os dois vereadores se aproximaram a partir de uma restruturação partidária, que está em execução, há cerca de um ano, no PDT do Paraná. Na região de Guarapuava temos um grupo forte, coordenado pelo professor Paulo Syritiuk. Dessa forma, os parlamentares tiveram aproximação, inclusive já tivemos a oportunidade de ter algumas conversas. Então, na perspectiva que o PDT prepara-se para os próximos pleitos [2020 e 2022], é importante que nosso partido possa apresentar, nas principais cidades do estado, candidatos a prefeito, vice prefeito e boas chapas de vereadores.
O ex-vereador de Guarapuava Cleto Tamanini retorna ao PDT, na condição de coordenador regional do FLB – Fundação Leonel Brizola, Alberto Pasqualini. De que forma o diretório estadual recebe Tamanini?
O Cleto Tamanini retorna ao PDT para nos ajudar a construir esse novo ciclo do partido no Paraná. Pela capacidade que possui, ele retorna também na condição de coordenador regional da FLB – Fundação Leonel Brizola, Alberto Pasqualini, órgão de cooperação partidária, que proporciona estudos, pesquisas, assessoramentos ao PDT do Paraná e do Brasil. Dentro da Fundação nós temos nossa Universidade aberta Leonel Brizola (ULB), uma espécie de instituição coorporativa, que consiste em apoio, formação política e capacitação técnica. O Cleto Tamanini volta nessa condição de nos ajudar na região de Guarapuava, para então coordenar os trabalhos da Fundação e da Universidade. Entre as funções, ele irá contribuir com capacitação, realização de seminários, cursos de formação política, organização de debates, composição de círculos de estudos, assessoria, entre outras ações.
Como está a relação do PDT-PR com o MDB-PR, em relação ao Paraná e a região de Guarapuava?
Nas últimas eleições, em 2018, nós caminhamos juntos com o MDB-PR. Tivemos aquele episódio em que o ex-senador Osmar Dias renunciou a candidatura a governador e também a presidência estadual do PDT. Naquele momento, nós debatemos e concluímos que o melhor caminho seria apoiar a candidatura do João Arruda (MDB) para o Governo do Estado, em oposição ao grupo do ex-governador Beto Richa. É evidente que nossa linha de atuação ainda favorece entendimentos com o MDB, temos visões parecidas em relação as gestões implantadas no governo estadual e na presidência da República, por exemplo. Existe a possibilidade sim de nós [PDT e MDB] caminharmos juntos em algumas situações, em determinados municípios.
No dia 26 de outubro o PDT realiza um Seminário estadual em Guarapuava. Por que o partido escolheu a cidade e qual o objetivo desse encontro?
É um evento em parceria com a FLB, que mobiliza todo o Paraná. Escolhemos Guarapuava por ser um ponto político importante e também por estar localizada no centro do Estado, o que favorece a locomoção das nossas delegações paranaenses. É um encontro que está programado desde o início do ano, quando definimos nossa agenda anual. É um seminário não só político, vai envolver também questões técnicas e jurídicas. Vamos tratar das próximas eleições e realizar análises de políticas alternativas, com relação ao que está sendo apresentado e que envolve os municípios do Paraná. O evento será voltado aos vereadores (as), pré-candidatos (as) e lideranças do partido. Nosso objetivo é reunir com mais frequência os membros do PDT no Estado, com eventos como esse seminário do dia 26.