Foto: Alexandre Pessoa
Ações do Plano de Mobilidade Urbana foram discutidas, em audiência pública, nesta quarta-feira (31), na Câmara de Vereadores de Guarapuava. A população teve a oportunidade de questionar e sugerir ações aos representantes do poder Executivo e a profissionais da empresa Urbtec, contratada para desenvolver a parte técnica, que apresentou o diagnostico de pesquisas e atividades realizadas na cidade desde fevereiro deste ano. Estiveram presentes no encontro, secretários municipais, vereadores, membros de associações de moradores e comunidade em geral.
As discussões abordam a 2ª etapa do Plano, com base na lei federal 12587/2012. As etapas do desenvolvimento são formadas pelo plano de comunicação, relatório de diagnóstico, relatório de prognóstico, plano diretor de mobilidade urbana, plano de implantação, gestão e monitoramento e relatório final. As ações têm previsão de finalização em oito meses e são realizadas pelas secretarias municipais de Trânsito e Transportes e de Habitação e Urbanismo.
O diagnóstico foi apresentado por três profissionais da Urbtec, com termos técnicos que apontam resultados em aspectos como ciclovia, calçadas, transporte público, trânsito, entre outros.
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“Nessa primeira audiência pública nós acabamos focando na parte técnica que é um pouco extensa, mas importante. Já existe uma série de pontos positivos na cidade que envolvem o Plano de Mobilidade. Porém, a população já apontou diversas situações que precisam ser melhoradas. A partir de agora nós voltamos para a sede da empresa, em Curitiba, e começaremos a trabalhar com o próximo passo, que são as propostas”, afirmou Manoela Feiges, arquiteta da Urbtec.
Uma nova oficina comunitária será realizada em agosto, outra audiência pública está prevista para outubro. Esses encontros, ainda sem data definida, devem contribuir para a conclusão do Plano de Mobilidade, que se tornará lei.
O secretário de Trânsito e Transportes, Airson Horst, destacou que a comunidade conseguiu entender o que já foi feito, bem como questionar e sugerir ações para um trânsito mais organizado e seguro. “Foi um encontro importante porque a população teve a chance de acompanhar a elaboração do Plano de Mobilidade. Quem esteve presente na audiência, ficou sabendo sobre números e estatísticas importantes sobre a nossa cidade. Hoje, por exemplo, temos um maior conhecimento sobre as demandas e dificuldades da população. Podemos observar nos dados que o maior questionamento é com relação acessibilidade de calçadas, não possuíamos informações como essa antes do início da elaboração do Plano”, disse.
Discussões
Antes e durante a audiência, participantes tiveram a chance de elaborar perguntas aos responsáveis pela execução das ações. O tempo de discussão durou cerca de 15 minutos, já que a parte técnica do diagnostico demanda um período maior para apresentação. A população levantou alguns questionamentos, tais como, “Por que não existe uma linha de transporte coletivo especifica para o Bairro dos Estados?”, “A quantidade de moradores que responderam as pesquisas representa a real demanda do município?”.
A vereadora Professora Terezinha (PT), relatora da Comissão de Educação, Esporte, Cultura, Saúde, Assistência Social e Direitos Humanos, da Câmara Municipal, questionou se o planejamento está incluindo bairros e vilas, ou apenas a região central de Guarapuava.
“No centro da cidade existem, aparentemente, os maiores problemas de mobilidade. No entanto, de acordo com o próprio Estatuto das Cidades, o Plano de Mobilidade precisar ser amplo. A maioria dos exemplos mostrados no diagnostico foram realizados na região central, isso chama atenção porque temos uma série de reivindicações de melhorias também em outros locais”, argumentou.