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Por que o Aeroporto de Guarapuava está inoperante?

Anac afirma que a viabilização de voos não aconteceu por falta de uma certificação operacional. A Prefeitura alega que os procedimentos estão dentro do prazo previsto

Foto: Secom

Nesta quarta-feira (7), o Governo do Estado lança o Programa Voe Paraná, no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, que em uma primeira fase totalizará dez novas rotas. Além da Azul, que já opera voos regionais em outras oito cidades, o programa receberá a adesão da companhia aérea Gol com a empresa de táxi aéreo Two Flex.

A expectativa era de que Guarapuava estivesse entre os novos percursos aéreos, mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não autorizou voos na cidade. O governador, Carlos Massa Ratinho (PSD), afirmou que outras cidades deverão encorpar o Voe Paraná nos próximos meses, desde que haja liberação por parte Anac e também escala de demanda.

Os municípios beneficiados, neste primeiro momento do Programa, serão Paranaguá, Arapongas, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Paranavaí, Cianorte, Telêmaco Borba, Cornélio Procópio, União da Vitória e Guaíra. “São linhas aéreas que passam a estimular novos investimentos no setor produtivo, abrem a possibilidade de mais empresas virem para o Estado e fomentam o turismo”, destacou o governador.

Em maio de 2018, a Azul confirmou a inserção de voos comerciais ao Aeroporto Tancredo Thomaz de Faria, em Guarapuava. No entanto, obras de ampliação, adequação do local e falta de certificações da Anac, ainda não permitem que o local seja utilizado.

No dia 4 de dezembro de 2018, o prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS) esteve em Brasília, em reunião com o superintendente de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, Giovano Palma, com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Sandro Abdanur, e com o vice-presidente de Operações da Phenix Aeroportos, comandante Clairton Hammer.  A Phenix Aeroportos firmou com o Município um termo de doação de consultoria técnica por três anos. Na ocasião, Silvestri Filho anunciou que foi protocolado, junto a Anac, o processo que dava início à vistoria e homologação do Aeroporto e que as obras estavam praticamente concluídas.

O que diz a Anac

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por meio da assessoria de imprensa, informou ao iPolítica que para viabilizar voos em Guarapuava, é necessário que o operador do aeródromo (infraestrutura destinada à aterragem, à decolagem e à movimentação de aeronaves) do Aeroporto da cidade obtenha a certificação operacional de Aeroportos e que, até o momento, ele não iniciou o processo de certificação na Anac.

A agência reguladora explica que o processo de certificação é o meio pelo qual é feita uma avaliação da infraestrutura do lado ar do aeródromo e da capacidade do operador de de cumprir os regulamentos técnicos. De acordo com a Anac, a certificação de um aeroporto:

– define as especificações operativas (EO) do aeródromo, ou seja, os tipos de operações aéreas que o aeroporto está autorizado a receber; e

– atesta a capacidade do operador de aeródromo de cumprir os regulamentos técnicos da ANAC relativos à segurança operacional e resposta à emergência aeroportuária, comprovada por meio do Manual de Operações do Aeródromo (MOPS) aprovado pela Anac.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura de Guarapuava, por meio de nota, afirmou ao iPolítica que as obras do Aeroporto de Guarapuava seguem em execução, dentro do prazo previsto. A Prefeitura reiterou também que a certificação da Anac será obtida após a conclusão do projeto, uma vez que é necessário seguir rigorosamente todas as normas. A administração municipal concluiu que dentro dessas perspectivas, a cidade deve ser incluída na rota de empresas aéreas que atendam a demanda comercial da região.

 

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