Foto: Dircom Câmara Municipal

16/10/2024 – 08:19:58

Redação

Na sessão da Câmara Municipal de Guarapuava realizada nesta terça-feira (15), as vereadoras Cris Wainer (PT) e Professora Terezinha (PT) levaram até o plenário questionamentos da população sobre o possível encerramento de alguns serviços municipais durante o período de transição de governo. A atual gestão do prefeito Celso Góes não foi reeleita, e a administração municipal passará a ser liderada por Denilson Baitala a partir de 1º de janeiro.

O debate na Câmara foi motivado por reclamações da população sobre a interrupção de serviços essenciais, como fisioterapia e atendimentos da autarquia SURG (Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava), além de questões relacionadas à saúde pública, como o SAMU e o atendimento do AME (Ambulatório Médico de Especialidades).

Encerramento de serviços essenciais

Durante o grande expediente, a vereadora Cris Wainer destacou que tem recebido questionamentos da população sobre o cancelamento de serviços como fisioterapia. “Recebi reclamações sobre a interrupção de alguns atendimentos, e não vi nada oficial publicado nos boletins do município sobre o cancelamento desses serviços”, afirmou Wainer. Ela ressaltou que, embora compreenda a necessidade de ajustes orçamentários no fim do ano, é preciso garantir a continuidade de serviços essenciais até a transição definitiva da administração.

A vereadora também pediu esclarecimentos sobre a devolução de veículos utilizados pela SURG para serviços de poda e transporte de trabalhadores. Segundo Wainer, a dúvida é sobre a rescisão de contratos ou a forma como esses serviços estão sendo geridos nesse período.

O vereador Marcio Carneiro (CDN), líder do prefeito na Câmara, afirmou que os boatos sobre cancelamentos ainda não são definitivos, e que as decisões sobre contratos e serviços seriam discutidas pela equipe de transição nas próximas semanas. “Não tem nada certo, são boatos de corredor”, declarou Carneiro. Ele confirmou, no entanto, que contratos da SURG relacionados ao uso de veículos já foram encerrados.

SAMU e AME

Outro ponto de debate foi o futuro do SAMU e do AME. A vereadora Professora Terezinha alertou para a preocupação com o anúncio feito pela ex-diretora do AME sobre a terceirização do SAMU. “Agora, de uma hora para outra, o SAMU será terceirizado por meio de licitação, o que nos causa grande preocupação. É um serviço essencial, e essa mudança repentina precisa ser melhor explicada”, disse a vereadora.

Ela também questionou o fato de que a informação sobre a terceirização tenha sido dada por uma ex-diretora, argumentando que o novo responsável pela gestão deveria estar à frente desse processo. “É nossa responsabilidade, como vereadores e vereadoras, fiscalizar este processo para garantir que a população não fique sem este atendimento essencial”, concluiu.

Transparência

As vereadoras ressaltaram a importância de transparência por parte da atual gestão e da equipe de transição, para que a população seja devidamente informada sobre eventuais mudanças nos serviços públicos. “A população paga seus impostos e espera que os serviços sejam mantidos, independentemente do processo eleitoral”, afirmou Cris Wainer.