Foto: Rodolfo Buhrer/Agência O Globo/Reprodução/Bem Paraná

02/08/2024 – 15:54:13

Redação

À medida que o prazo para o fim das convenções partidárias se aproxima, os partidos de Guarapuava estão definindo suas alianças locais, muitas vezes desconsiderando as diretrizes dos diretórios estaduais e federais na escolha de seus aliados. Neste domingo (04), a convenção do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) será um termômetro para o poderio local do ex-prefeito Cesar Silvestri (PP), que está ganhando terreno no município e desafiando Denilson Baitala (PL), protegido de Ratinho Junior e Bolsonaro.

Enquanto Ratinho Junior, junto com seus aliados, o deputado estadual Anibelli Neto e Renato Adur (presidente e vice do MDB estadual, respectivamente), tenta consolidar o nome de Baitala em Guarapuava, a situação local parece diferente. A convenção do MDB, que contará com a presença de Itacir Vezzaro, ex-vice-prefeito de Silvestri, e Josiel, atual presidente do partido local e ex-comissionado na gestão do prefeito Celso Góes, indica uma possível aliança do partido com o grupo de Silvestri. Góes, por sua vez, busca a reeleição com o apoio do ex-prefeito, único nome que conseguiu angariar para sua causa.

O cenário é claro: o MDB de Guarapuava, que antes parecia apático ou dividido, está se alinhando em torno de Cesar Silvestri e seu candidato, Celso Góes. A tentativa do governador Ratinho Junior de cooptar o partido para apoiar Baitala parece estar falhando. O que pode surgir é um partido que, em vez de seguir as diretrizes estaduais, escolhe um caminho de autonomia, reforçando o apoio a uma liderança que, mesmo fora do poder, ainda parece exercer alguma influência local.

A relação desgastada entre Ratinho Júnior e Cesar Silvestri ficou evidente na última eleição, quando o ex-prefeito expressou publicamente seu desafeto pelo governador. Do outro lado, ao apoiar Baitala, Ratinho Júnior sinaliza claramente seu desprezo pela tradicional família Silvestri e seu candidato à reeleição, preferindo uma nova liderança local.